Falo, comunico, divago...
Será que digo algo que valha a pena?
Ninguém está por perto para ouvir...
Será que isso importa?
Lanço palavras para o ar
à espera que este me escute.
O melhor dos ouvintes não te fala,
não te demonstra que te compreendeu ou sequer que ouviu
mas está sempre lá, está sempre onde nós o queremos,
quando nós precisamos, para nos ouvir.
Desisto de tentar organizar o que digo, escrevo ou penso.
Para quê?
Mesmo que tudo rimasse,
mesmo que o texto tivesse um ritmo cadente de chuva caindo numa pétala,
mesmo que até fizesse sentido... teria mais significado?
O melhor dos ouvintes é aquele em que não precisas de pensar nele,
nem de lhe rogar que te escute, ou que simplesmente te ajude a falar.
O melhor dos ouvintes é aquela parcela tão dentro de nós que nos é estranha.
O melhor dos ouvintes não existe.
Então porque é que lhe falo?
Falo-lhe por não ter cara que me mostre se gostou ou não do que ouviu.
Falo-lhe por causa de vontades infantis de falar para o ar, para as paredes, para mim mesmo.
Falo-lhe porque tudo o que me rodeia pode escutar,
só tenho é que falar não por palavras, mas por pensamentos.
Não tenho que lhe ver a cara, basta-me imaginá-la.
Não tenho que ouvir a sua resposta, basta ouvir-me a mim mesmo.
Mas então porque é que lhe falo?
2 comments:
porque és parvo
e se "o texto tivesse um ritmo cadente de chuva", podias por-te debaixo dum guarda-chuva-uva-uva-u-u-u.
LOOOLll....gande fidos....ihihiihh...teve piadaa...
falas pk se calhar tens uma boca com cordas vocais la dentro
Post a Comment